quinta-feira, 17 de abril de 2008

Nova luz no sistema ABO
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Após realizar estudos sorológicos e moleculares em pacientes com leucemia, pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) conseguiram identificar novas variantes dos alelos do sistema ABO. De acordo com a coordenadora do estudo, Marcia Zago Novaretti, professora do Departamento de Hematologia, a descoberta ajuda a compreender o sistema ABO, que é o mais importante grupo sanguíneo da medicina para transfusões e transplantes. Os resultados foram publicados na revista Genetics and Molecular Research. Segundo a professora, a literatura internacional já registava que pacientes com leucemia podem ter enfraquecimento dos antígenos ABO, ou seja, mostrar uma reactividade mais fraca na tipagem ABO. “Com os recursos actuais e com a clonagem do gene ABO, estudamos molecularmente pacientes com leucemia para verificar se essa diferenciação se dava em nível molecular ou era apenas uma coincidência sorológico”, disse Marcia à Agência FAPESP. O artigo é um desdobramento de um projeto de Auxílio a Pesquisa que teve apoio da FAPESP e foi encerrado em 2004. Ao estudar, sob o ponto de vista sorológico e molecular, 108 pacientes com diferentes tipos de leucemia, os pesquisadores encontraram 22 novas variantes de ABO, além das 20 conhecidas. A maior das novas variações localiza-se no alelo O. Participaram no estudo, realizado no Hospital das Clínicas da USP, 51 homens e 57 mulheres, com idade média de 43,4 anos, portadores de leucemia mielóide ou linfóide, crónica ou aguda. “O estudo pode ajudar a compreender um pouco melhor as leucemias. Não sabemos se essa descoberta terá alguma utilidade em termos de prognósticos, mas ela pode indicar o caminho para estudos que verifiquem se a doença evolui de forma diferente nesses pacientes com mutações”, afirmou Marcia. O estudo é o primeiro relato de um grande número de amostras de pacientes com leucemia genotipados para ABO. “Os resultados mostraram um alto nível de actividade recombinante no gene ABO nos pacientes com leucemia”, disse. De acordo com a professora da FMUSP, o sistema ABO, localizado no braço longo do cromossoma nove, tem mais de 160 alelos e não está presente apenas na linhagem de células que compõem os elementos do sangue, mas também no endotélio (parte interior dos vasos sanguíneos), noutros tipos de células e até mesmo em secreções. “A complexidade do sistema exigia que realizássemos estudos moleculares”, explicou.
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Reflexão pessoal:
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Esta investigação parece ser bastante importante, pois a leucemia é uma doença grave que afecta muitas pessoas, se tivermos uma visão mais detalhada do sistema sanguíneo ABO será mais fácil combater doenças relacionadas com o sistema sanguíneo. Na minha opinião, apesar desta investigação não ser nada de concreto pode ser muito útil num futuro próximo.

1 comentário:

Nuno Lopes disse...

fazer estudos nunca é demais, no entanto, com este em particular, coisas como transfusões sanguíneas irão ser mais difíceis de ser realizadas em caso de acidente, por exemplo, devido ao pormenor que se está a chegar. penso que neste caso as coisas deveriam ser mais generalizadas