quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Mutações de aminoácidos tornam o VIH vulnerável

As mutações encontradas em quatro aminoácidos na proteína que envolve o VIH podem tornar o vírus vulnerável ao sistema imunitário, segundo um estudo publicado no número de Janeiro da PLoS Medicine, diz um artigo da ANI/Thailand News.No estudo, Julie Overbaugh da Fred Hutchinson Cancer Research Center e colaboradores analisaram a estirpe de VIH de uma mulher que vive em Mombasa, Quénia, cujo vírus foi inactivado por anticorpos produzidos pelo seu próprio organismo. O estudo descobriu que o vírus da mulher apresentava mutações em quatro aminoácidos localizados na proteína do invólucro do VIH. Segundo os investigadores, dois dos aminoácidos quando introduzidos em estirpes de VIH não relacionadas num ambiente laboratorial conferiram sensibilidade à inactivação por vários anticorpos produzidos por indivíduos VIH-positivos.Os investigadores disseram que essas mutações podem provocar alterações na estrutura global da proteína do invólucro, que podem resultar na exposição de regiões do VIH ao sistema imunitário que habitualmente estão escondidas. Segundo o ANI/Thailand News, é necessária mais investigação para confirmar a teoria de que vacinas contendo proteínas do invólucro com mutações poderão ser capazes de estimular uma resposta imunitária para proteger contra o VIH (ANI/Thailand News, 1/3).

Fonte: http://www.aidsportugal.com/article.php?sid=8311

Nota pessoal:

É uma boa notícia saber que a ciência está cada vez mais perto de combater o VIH, que afecta milhares de pessoas em todo o mundo. Com mais esta contribuição relacionada com mutações que tornam o vírus vulnerável ao sistem imunitário, acredito que em breve teremos uma solução bastante viável para a cura do VIH.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Cirúrgia pioneira ao cancro do colo do útero correu bem

Daniel Silva, director do Serviço de Ginecologia do Centro Regional de Coimbra do Instituto Português de Oncologia (IPO), que operou a paciente com 28 anos, adiantou à agência Lusa que o primeiro ano após a intervenção «é decisivo para ver se a doença está erradicada», o que exige «uma vigilância apertada». Terça-feira, uma mulher, que ainda não tinha filhos, aceitou submeter-se a uma intervenção cirúrgica pioneira em Portugal, e sobre a qual ainda não há muitos estudos internacionalmente, que consistiu na remoção de apenas uma pequena parte do útero, mantendo os ovários, e assim conservando a capacidade reprodutiva. Nestes casos de doença, a técnica normalmente utilizada é da cirurgia radical, com a remoção integral do útero e tecidos envolventes, para travar a evolução do carcinoma. «Esta técnica é de aplicar, sempre que as doentes queiram partilhar os riscos de uma cirurgia inovadora», referiu o médico, acrescentando que também só é possível em certos casos clínicos, como o desta jovem, com um carcinoma invasivo que não estava muito avançado. Segundo Daniel Silva, a paciente expressou uma «forte vontade» de aceitar os riscos de uma cirurgia que «ainda não está perfeitamente consagrada», em resultado de uma técnica criada pelo cirurgião francês Daniel Dargent, de Lion, em meados dos anos 90.Esta técnica consiste em remover passo-a-passo os tecidos, que de imediato são analisados e a cirurgia avança à medida que se obtêm os resultados e, «se não houver margem de segurança, com tudo a dar negativo, faz-se uma remoção total», explicou. Daniel Silva adiantou à agência Lusa que também no tratamento do cancro da mama se partia para a remoção total, para a cirurgia radical, e que as pressões das próprias pacientes levaram a que se procurasse fazer uma remoção apenas parcial dos tecidos, e os resultados foram idênticos. «Quando se inova correm-se riscos, mas pode estar-se a dar um passo importante», concluiu.

Fonte: http://www.tsf.pt/online/ciencia/interior.asp?id_artigo=TSF187351

Nota pessoal:

Mais uma boa notícia na área da ciência, desta vez em Portugal, o que é muito bom. Com esta primeira cirurgia ao que tudo indica poderam ser feitas outras. O lado benéfico desta cirurgia, é o facto das mulheres em questão poderem ficar férteis após uma remoção facial do útero. Apesar de haver riscos esta cirurgia é muito benéfica para as mulheres, pois assim poderão ter filhos.


sábado, 12 de janeiro de 2008

Identificados genes ligados a 7 doenças hereditárias

O maior estudo já realizado sobre doenças hereditárias identificou 15 novos genes que podem ser considerados factores de risco para pelo menos sete doenças, incluindo diabetes e distúrbio bipolar. O estudo, publicado na revista Nature, analisou o DNA retirado de amostras sanguíneas de 14 mil pessoas (2 mil para cada tipo de doença), que foram comparadas com as amostras de 3 mil pessoas saudáveis.
Como resultado, os cientistas envolvidos no estudo encontraram variações genéticas associadas a distúrbio bipolar, doença de Crohn, doença coronária, hipertensão, artrite reumática e diabetes dos tipos 1 e 2. Em poucos meses, os pesquisadores descobriram 15 genes com os quais nunca haviam sido associadas doenças.
As descobertas, comemoradas pelos cientistas como revolucionárias, devem-se em boa parte ao facto de eles terem utilizado um método muito mais rápido e preciso de vasculhar o genoma do que o que se usava antes.
Pallab Ghosh, especialista em ciência da BBC, afirma que antes o trabalho era como pescar em meio aos cerca de 25 mil genes que compõem o genoma, o que fazia com que o processo fosse lento e pouco confiável. Desta vez, diz Ghosh, a busca foi feita de forma muito mais sistemática, o que permitiu realizar a busca em todo o património genético do grupo estudado.
Os cientistas acreditam que, no futuro, seja possível submeter as pessoas a testes em busca de combinações de genes específicas que revelem o risco que elas correm e assim orientá-las a mudar o seu estilo de vida ou realizar exames de rotina.
Uma das descobertas mais surpreendentes está ligada a um gene, até então desconhecido, associado a diabetes do tipo 1 e doença de Crohn, uma inflamação do intestino, o que sugere que eles têm caminhos biológicos parecidos. O projecto do WTCCC já contribuiu para estudos recentes sobre o gene da obesidade, além de três novos genes ligados a diabetes do tipo 2 e a uma região genética no cromossoma 9 associada a doenças coronárias.
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Nota pessoal:
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De facto todos os dias assistimos a descobertas, relacionadas com doenças humanas, que são um grande problema para toda a população, pois muitas delas ainda não têm cura. Com mais esta contribuição para o combate ás doenças hereditárias, e com outras que possam surgir, acredito que em breve vai ser possivel controlarmos as doenças hereditárias, de modo a que não tenham efeitos graves nas pessoas portadoras de tais doenças.