domingo, 20 de abril de 2008

Descoberto sapo sem pulmão
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Um sapo sem pulmão acaba de ser descoberto na ilha de Bornéu, na Indonésia. Trata-se do primeiro caso confirmado do tipo e, segundo os cientistas responsáveis pelo estudo, a espécie aquática Barbourula kalimantanensis aparentemente respira através da pele. Duas populações da espécie, sobre a qual havia relatos, foram encontradas durante uma recente expedição dos pesquisadores. “Sabíamos que seria perciso muita sorte apenas para encontrá-lo, pois há 30 anos que muitos têm tentado”, disse David Bickford, da Universidade Nacional de Singapura. Sobre a espécie existiam relatos, mas nenhuma confirmação de existência. “Mesmo quando o encontramos e fizemos as primeiras dissecações – lá mesmo no campo –, confesso que não acreditava que ele não tivesse pulmões. É algo que não parecia possível. Por isso, foi uma grande surpresa descobrir que era verdade para todos os espécimes que encontramos”, contou Bickford. De todos os tetrápodes, vertebrados terrestres com quatro membros, sabe-se que a ausência de pulmões ocorre apenas em anfíbios. São conhecidas algumas espécies de salamandras sem o órgão, além de uma de cobra-cega. Para os autores do estudo, a descoberta numa rara espécie de sapo em Bornéu reforça a ideia de que os pulmões são uma característica maleável nos anfíbios. Como o B. kalimantanensis vive em água corrente e fria, a ausência de pulmões poderia ser uma adaptação para uma combinação de factores, como um meio com mais oxigênio, o baixo metabolismo do animal, o achatamento do corpo que aumenta a área superfícial da pele e a preferência por afundar em relação a boiar. Os pesquisadores alertam que estudos futuros dessa notável espécie podem ser prejudicados pela sua raridade e pela ameaça de extinção. Por causa disso, eles pedem que sejam tomadas medidas para encorajar a conservação do B. kalimantanensis no seu hábitat natural. “Trata-se de uma espécie ameaçada da qual pouco sabemos. Ela tem uma notável capacidade de respirar por meio de toda a sua pele, mas o seu futuro está a ser destruído pela mineração ilegal realizada por pessoas marginalizadas que não têm outra forma de sobreviver. Ou seja, não há respostas simples para esse problema”, afirmou Bickford.

Fonte: http://biologias.com/noticias/mostrar.php?titulo=304&biologia=Sapo_sem_pulmão_é_descoberto

Reflexão pessoal:

A natureza de facto é impressionante, e por vezes faz-se descobertas deste tipo. Sem muito para dizer, de referir a capacidade de adaptação destes anfibios que é fenomenal. Por outro lado é bastante triste sabermos que esta espécie está em vias de extinção.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Nova luz no sistema ABO
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Após realizar estudos sorológicos e moleculares em pacientes com leucemia, pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) conseguiram identificar novas variantes dos alelos do sistema ABO. De acordo com a coordenadora do estudo, Marcia Zago Novaretti, professora do Departamento de Hematologia, a descoberta ajuda a compreender o sistema ABO, que é o mais importante grupo sanguíneo da medicina para transfusões e transplantes. Os resultados foram publicados na revista Genetics and Molecular Research. Segundo a professora, a literatura internacional já registava que pacientes com leucemia podem ter enfraquecimento dos antígenos ABO, ou seja, mostrar uma reactividade mais fraca na tipagem ABO. “Com os recursos actuais e com a clonagem do gene ABO, estudamos molecularmente pacientes com leucemia para verificar se essa diferenciação se dava em nível molecular ou era apenas uma coincidência sorológico”, disse Marcia à Agência FAPESP. O artigo é um desdobramento de um projeto de Auxílio a Pesquisa que teve apoio da FAPESP e foi encerrado em 2004. Ao estudar, sob o ponto de vista sorológico e molecular, 108 pacientes com diferentes tipos de leucemia, os pesquisadores encontraram 22 novas variantes de ABO, além das 20 conhecidas. A maior das novas variações localiza-se no alelo O. Participaram no estudo, realizado no Hospital das Clínicas da USP, 51 homens e 57 mulheres, com idade média de 43,4 anos, portadores de leucemia mielóide ou linfóide, crónica ou aguda. “O estudo pode ajudar a compreender um pouco melhor as leucemias. Não sabemos se essa descoberta terá alguma utilidade em termos de prognósticos, mas ela pode indicar o caminho para estudos que verifiquem se a doença evolui de forma diferente nesses pacientes com mutações”, afirmou Marcia. O estudo é o primeiro relato de um grande número de amostras de pacientes com leucemia genotipados para ABO. “Os resultados mostraram um alto nível de actividade recombinante no gene ABO nos pacientes com leucemia”, disse. De acordo com a professora da FMUSP, o sistema ABO, localizado no braço longo do cromossoma nove, tem mais de 160 alelos e não está presente apenas na linhagem de células que compõem os elementos do sangue, mas também no endotélio (parte interior dos vasos sanguíneos), noutros tipos de células e até mesmo em secreções. “A complexidade do sistema exigia que realizássemos estudos moleculares”, explicou.
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Reflexão pessoal:
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Esta investigação parece ser bastante importante, pois a leucemia é uma doença grave que afecta muitas pessoas, se tivermos uma visão mais detalhada do sistema sanguíneo ABO será mais fácil combater doenças relacionadas com o sistema sanguíneo. Na minha opinião, apesar desta investigação não ser nada de concreto pode ser muito útil num futuro próximo.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Sangue de crocodilo pode ajudar a criar super antibiótico
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Proteínas encontradas no sangue de crocodilos podem ajudar na criação de antibióticos para combater vírus e bactérias que se tornaram resistentes aos remédios disponíveis, segundo pesquisadores americanos."Há uma possibilidade de que um dia nós venhamos a ser tratados com um remédio feito com sangue de crocodilo", disse o bioquímico Mark Merchant, da McNeese State University na Louisiana, Estados Unidos, durante uma conferência da Sociedade Americana de Química. Os seres humanos criam imunidade contra determinados organismos depois de entrar em contacto com eles. Já os crocodilos, segundo os cientistas, têm um sistema imunitário forte que combate microrganismos mesmo sem ter tido um contacto prévio com eles. Por isso, mesmo ferimentos graves sofridos pelos animais cicatrizam rapidamente, apesar do provável contacto com bactérias, vírus e fungos. A equipa de pesquisadores da Louisiana colectou amostras de sangue de crocodilos americanos depois de injectar uma substância para estimular o sistema imunitário dos animais. Depois, isolaram as células brancas do sangue que combatiam infecção e retiraram as proteínas. Em testes de laboratórios, pequenas quantidades da proteína extraída dos animais mataram uma grande variedade de bactérias, incluindo a MRSA, uma super bactéria altamente resistente a medicamentos e comum em infecções hospitalares. Os pesquisadores agora querem descobrir qual a exacta estrutura química das proteínas do sangue do crocodilo. A esperança é que essas proteínas possam ser usadas para criar novos antibióticos. Os cientistas também estudam a possibilidade de usar as proteínas para desenvolver tratamentos contra o HIV, depois de células brancas dos crocodilos conseguiram destruir o vírus em amostras de laboratório. Merchant, que vem estudando o assunto há quatro anos, também prevê a criação de pomadas para tratar úlceras ou queimaduras. Mas outros cientistas vêem a descoberta com cautela. Paul Williams, especialista em microbiologia da Universidade de Nottingham, na Grã-Bretanha, disse que os antibióticos usados actualmente foram criados há muito tempo e, por isso, existe a necessidade de se criar novos tipos .Ele afirma que existem vários trabalhos que procuram alternativas em peles de sapos e crocodilos, mas que, até agora, nenhum resultou em novos remédios.
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Reflexão pessoal:
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De facto a longa existência dos crocodilos, não é por acaso, mas sim devido ao seu poderoso e resistente sangue. Seria de valor utilizarmos o sangue de crocodilo em beneficiio da humanidade, ainda que seja complicado, pois estamos a falar do sangue de um réptil. Todavia se isso for possivel, será muito benéfico para o ser humano no combate a muitas doenças.